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Casos de síndrome do coração partido tiveram alta durante a pandemia, diz estudo norte-americano
Também chamada de síndrome de Takotsubo, doença cardíaca está relacionada a emoções negativas.
Do G1 - https://g1.globo.com/bemestar/viva-voce/noticia/2020/07/21/casos-de-sindrome-do-coracao-partido-tiveram-alta-durante-a-pandemia-diz-estudo-norte-americano.ghtml
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Ataque Cardíaco — Foto: Unsplash
Um estudo realizado nos Estados Unidos aponta que aumentaram os casos de síndrome do coração partido nos últimos meses e sugere que a pandemia de Covid-19 tenha influência sobre essa alta.
A condição, também chamada de síndrome de Takotsubo, é o nome dado a um problema cardíaco que acontece quando a pessoa sofre uma emoção negativa muito forte, como o término de um casamento, a descoberta de uma traição, um acidente ou a perda de um ente querido. Acredita-se que excesso de adrenalina provocado por este susto, por esta emoção forte, seja o responsável pelo mau funcionamento cardíaco.
Há muitas semelhanças com um infarto agudo do miocárdio. A pessoa sente dor no peito, a respiração fica curta, a pessoa começa a suar e pode ficar pálida. O eletrocardiograma aponta alteração, mas quando o indivíduo é submetido ao cateterismo, não existe obstrução coronariana e nem placas de ateromas (que podem entupir completamente uma artéria ou uma veia).
Síndrome do coração partido ainda é desconhecida e pode levar a morte
A pesquisa primeiro observou quatro períodos anteriores ao início da aceleração do contágio do novo coronavírus em território norte-americano. Os casos da doença entre pacientes com problemas coronários tinham incidência que variava de 1,5% a 1,8%. Esses quatro ciclos foram comparados com os meses de março e abril, quando a pandemia entrou no foco da vida de muitos norte-americanos: a taxa saltou para 7,8%.
Foram analisados 1.914 pacientes em dois hospitais do estado de Ohio nos cinco períodos do estudo. Os pesquisadores sugerem uma relação dos casos de síndrome de coração partido com o estresse psicológico, social e financeiro provocado pela pandemia e pela quarentena. Os autores reconhecem que há limitações porque o universo da pesquisa é regional.
Especialistas ouvidos pelo G1 dizem que no Brasil a incidência da síndrome também pode estar alta durante a pandemia.
"Muito provável que o crescimento de casos possa ter múltiplas causas, mas durante a pandemia pode existir um agravo de estresses justamente por perdas", afirma Evandro Tinoco Mesquita, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A partir de junho, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) passou a coletar dados de 32 centros cardiológicos no país para criar um registro nacional de casos da síndrome. Com isso é possível identificar como a doença se comporta e quais as características das pessoas mais afetadas conforme as condições no Brasil.
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