Agressão
Um impulso ou uma resposta adquirida?
As emoções causam não apenas reações gerais, mas também tendência especifica de ação. Provavelmente iremos rir quando estivermos alegres, retrair-nos quando assustados, ficar agressivos quando zangados, e assim por diante.
Em termos sociais, numa época em que as armas nucleares estão amplamente disponíveis, um único ato agressivo pode significar uma tragédia. Em termos individuais, muitas pessoas experimentam pensamentos e impulsos agressivos com frequência, e o modo como lidam com esses pensamentos terá efeitos importantes sobre sua saúde e suas relações interpessoais.
Por agressão, nos referimos ao comportamento que tem a intenção de ferir outra pessoa física ou verbalmente, ou destruir propriedade. O conceito-chave nessa definição é a intenção. Por exemplo: se uma pessoa acidentalmente pisa em seu pé num elevador lotado e imediatamente de desculpa, você não interpretaria o comportamento como agressivo; mas se alguém se aproxima de você enquanto você está sentando em sua mesa de trabalho e pisa no seu pé, você não hesitaria em rotular esse ato como agressivo.
A teoria psicanalítica de Freud vê a agressividade como impulso, ao passo que a teoria da aprendizagem social a vê como uma resposta adquirida.
Segundo a teoria psicanalítica de Freud, muitas de nossas ações são determinadas pelos instintos, especialmente pelo instinto sexual. Posteriormente, os teóricos psicanalíticos ampliaram essa hipótese de frustação-agressão, propondo que sempre que o esforço de uma pessoa para atingir algum objetivo é bloqueado, um impulso agressivo é induzido, o qual motiva um comportamento que visa destruir o obstáculo (pessoa ou objeto) causador da frustração (Dollard ET AL.,1939).
A teoria da aprendizagem social se preocupa com a interação social humana. Ela se concentra nos padrões de comportamento que as pessoas desenvolvem em respostas a eventos em seu ambiente.
A teoria da aprendizagem social enfatiza o papel dos modelos na transmissão tanto de comportamentos específicos quantos de respostas emocionais. Ele focaliza questões como quais tipos de modelos são mais eficazes e que fatores determinam se o comportamento observado irá realmente ser efetivado (Bandura, 1986;1973).
A teoria propõe que a agressividade é semelhante a qualquer outra reposta adquirida. A agressividade pode ser aprendida através de observação ou imitação, e quanto mais frequentemente ela for reforçada, maior sua probabilidade de ocorrer. Em resumo, a teoria da aprendizagem social presume que a agressão é apenas uma entre diversas reações a experiência aversiva de frustração e também é uma resposta sem nenhuma característica pulsional, e consequentemente é influenciada pelas consequências previstas do comportamento.
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